terça-feira, novembro 21, 2006









FUGITIVOS
pequena cena dos fugitivos da segunda guerra


A uma altura que dava para ver nossos olhos,
Dois ou três aviões franceses zuniam lentos,
Em direção a oeste, translúcido em pleno arrebol,
No chão, ogivas explodiam, do nada, com o tempo.

O som das explosões e o barulho dos motores,
Foram se diminuindo, como se algum tipo de trégua,
Nos fosse dada, a convencer-nos, até, por hoje,
Enquanto o tempo dado passava, não cessavam as dores.

Chegamos a um colina aberta por casas escondidas,
Entre vegetação recém cobertas, frutíferas em flor,
Olhando para traz tivemos a última visão da perdida,
Belgrado, a cidade branca, numa alameda de torpor.

Passamos por casas de camponeses brancas e baixas,
Alucinados, porque não sabíamos se eram eles desejosos,
Também de nossa morte, e o que trazíamos em caixas,

Despejamos como se pesassem como carga sobre nós.
naenorocha

Um comentário:

Anônimo disse...

por quase tudo voei o olhar

e como é bom descobrir-te, poeta

algum dia, ABL, estarás lá.

Beijos, carinho e grata pela visita.

TERESINA

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