sexta-feira, novembro 24, 2006
UM GESTO
Basta um gesto teu, por descuidado que seja,
Eu já me abeiro a ti, e colado ao teu ouvido,
Me declaro apaixonado, como se ainda esteja,
A começar uma aventura, uma outra recaída.
Amor não me canso do teu amor, e sem notar,
Já de minha boca saem palavras, aquelas lindas,
De quem com zelo, e certeza que o amor não finda.
Repete, várias vezes, e quanto mais digo mais afina,
A minha voz proposital, o meu amor que determina.
Qual o louco que tendo à mão a pérola procurada,
Dá-se a mostrar, deixa-la em lugar fácil ao outros,
Qual o homem em sua sanidade, tendo já encontrada,
A felicidade plena da vida, diz-se infeliz, outro louco.
Ao teu primeiro gesto, uma palavra de lábios,
Já me prostro em teus pés como diante de altar,
E no meu consciente vago, procuro saber dos sábios,
Que diriam a uma deusa, ternuras de lhe encantar.
naenorocha
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TERESINA
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Um comentário:
É isso meu camarada! O poeta sonha, o poeta quer, o poeta é riso, o poeta é lágrima, o poeta é sua poesia a procura do sábio para mostrar-lhes novas palavras de encatamento...
abraços,
O Sibarita
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