domingo, novembro 12, 2006
TEZEU
Até aqui nós caminhávamos mais afinados até,
Que o violino em destaque, na orquestra,
cujo, para que mais se ouvisse e destacasse
se punha sobre um degrau acima, de pé.
Éramos dois, e havia quem contasse, um,
Tamanho sincronismo, interno das batidas,
De nossos corações, em contratempo,
Um sincopado bom, que nem na avenida.
Na apoteose, o fim de tudo, que tudo se dá,
Fica o passista com os pés a sangrarem
E a tempos sangra as mãos dos bateristas.
Éramos sós, mas era como se o mundo todo,
Se posicionasse em redor de nós,
Como no meio da rua, fica o malabarista,
Cercado de espectatodres, sob o sol,
Éramos nós, Adão e Eva, mais a serpente,
Ceci e Peri, mais o mal inocente,
Tezeu e Zeus, Narciso e o espelho,
Lampião e Maria Bonita,
Um fanfarrão e sua garrafa quase vazia,
Éramos dois, mas tinha quem via nenhum.
A distinguir de longe, mais profundo, que o coração.
Se não contassem, cenas de amor implícito não veriam,
Como não saberiam o tamanho do amor,
Que pouco a pouco foi virando dor,
E de dor passou, a mancar das duas pernas,
E num dia que era pra ser festa,
Ele minou. Se acabou.
Ainda deu algumas viradas para os lados,
Mas estava ferido mortal,
E definitivamente, se transformou.
naenorocha
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TERESINA
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