A HORA CERTA
O meu amor se ressente de uma falta,
Algo que inspecione suas atitudes,
Outro, que lhe ladeei, no tempo amiúde,
Alguma coisa que algo lhe faça
Até sofrer, que lhe leve ao grito,
Espontâneo gesto, que lhe aflija,
Ele não quer a vida ainda em argila,
Quer-lha, de motor ligado, movido.
O meu amor pressente um tempo farto,
Em que amar e já poder se entregar,
Se faça num relampejo, e quando chegar,
ele será o início do primeiro ato.
Transfere-se meu amor para outro lugar,
Vislumbrando ser por onde tudo passa,
E se arma inteiro, pra hora de atacar,
E num seleto gesto, tudo abocanhar.
naenorocha
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