domingo, novembro 26, 2006
INGRATIDÃO
Beira de cais, naquela tarde,
teu rastro infindo na estrada,
eu estava tão sozinho,
mesmo antes de acontecer,
o tão triste até um dia
coisa que eu nunca gostei.
Lembra que tudo era poeira,
lembra que tudo era saudade,
eu estava com o teu cheiro
e abraçado ao desespero,
e tentava tantas vezes
me esconder prá me ausentar.
Quando o inverno chegava
e o verão terminava,
não te deixei sozinha.
E quando a vida arruinava,
eu chorava dobravo
por você e por mim.
Quando a bandinha passava,
você segurava, com fé, minha mão.
Ah eu duvido que alguém,
tenha feito até hoje, tal ingratidão.
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TERESINA
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Um comentário:
Ruína, abandonada, ninguém te viu,nem os que passaram na estrada.
Imagina do teu passado, já tão passado, na ida, na volta, ninguém terá notado.
Naeno
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