quarta-feira, novembro 15, 2006


O AMOR SE FOI

Quando o amor se vai
não sai sem antes olhar,
se alguma marca deixou,
porque até isso ele raspa.
quando o amor viaja,
não é como de férias, gozar,
ele vai levando tudo,
tuias, malas, perfumes,
sai como de assombro,
fugindo de sua sombra.
O amor não sai furtivo,
a porta principal ele abre,
olha em volta o escalabro,
do tempo que esteve guardado,
e vai, mesmo com tempo contrário,
ele sai, por réstia se o vento fechara,
a porta que ele havia aberto,
e não diz mais meu abrigo,
sai às vezes machucado,
sai às vezes já sarado.
Quando ele vai, vão-se
com ele as demoras,
já era tempo de ir embora,
e o amor se vai,
e quando sai,
bate todas as portas,
trava bem as janelas,
e deixa dentro as quimeras,
o que comera e bebera,
nos últimos dias de espera.
O amor quando sai,
é como se escapara do cativo,
o amor, não foge humilde,
erque-se além de onde pode,
e fala na mais branda voz.
Aqui eu nunca fiz morada.
Quando o amor se vai,
leva tudo o que é de seu,
e nada, nem o pó das chinelas,
carrega do que é alheio
.
naenorocha

Um comentário:

Catarina Alves disse...

Naeno... Obrigada por este poema...

Claro que gostei...

Obrigada e um beijinho muito grande!!

Nani

TERESINA

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