domingo, novembro 05, 2006



O SOL

O sol vai minguando, rumo ao poente,
aonde, aparente, descança,
diminuindo o tamanho, a luz por se acabar.
O calor que ainda resiste,
é só onde ele estava assentado.
As pessoas sentem, na falta do dia,
a ausência do sol que parte.
No momento há menos razão de alegria,
e até de lamento e choro.
A sua calma presença é de desolação,
não de ver, de se avaliar as coisas,
o ouro, a prata,
que na noite perdem de sua valia,
os olhos, as luzes que cada um irradia.
Não como o sol, um noivo distante,
um caçador embrenhado lá prá outros lados,
que colhe sementes, prá ele mesmo plantar e fecundar.
O sol, uma luz que se tornou escuridão,
por alguns momentos apenas,
logo ressurgirá, trazendo outra vida em suas mãos.
Depois da volta completa,
completa o seu dia,
o dia que nunca se acabará,
só num espesso momento se esfria.
Assim, o sol é vida, calor, é luz,
como é, outra vida, de outro sangue, a noite.
NAENOROCHA

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TERESINA

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