sábado, novembro 04, 2006



OBSTÁCULO

Alguma coisa de intransponível resiste
Dentro de mim. Eu sei quando não posso seguir,
Que sempre esbarro, por fim, não poder ir,
Onde já mora outro, tal como eu, que insiste.

Um animal rasteiro, um quadrúpede, ressoa,
Nos labirintos onde tento seguir, voltar,
Fruste a minha alma, não se ver pessoa,
E tudo parece fazer pra mim, sentir, notar.

E de onde venho a trazer comigo personha,
O ardil do homem que agora nem sonha,
Ser qualquer coisa que não seja a estranha

A mal querência deste esquecido passado,
Os vãos, bitolas que de tanto ir, contadas
Vezes agora aparecem como teias de aranha.

NAENOROCHA_______________________________________________________

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TERESINA

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